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Artimanhas do Diabo

Artimanhas do Diabo

O AMOR NÃO PEDE LICENÇA

Cavaleiro

Não me venhas

Ultrajar

Vilipendiar

Derrogar

Aquilo que é a minha vontade

Decididamente

Não me venhas roubar

O escasso tempo disponível…

Vem sim

Poeta

Pintor

Escritor 

Proferir palavras bonitas de amor

Mas fá-lo há noite

Sempre há noite

Porque mesmo as mais belas palavras

Proferidas de dia

Perseguem-nos como algozes

Concomitantes na dor

Forçosas e necessárias

Concebidas para assumir,   

Entre juras,

Que as leva o vento 

Ónus para uns

Compromissos para outros

Dos papéis lavrados com a exatidão formal

O compromisso altivo e dito de forma grave 

Do que parece ser um conto de fadas

E, depois,

Passa a tormento

Exasperação

Conflito

Sofrimento;

Mas há sempre esperança

Porque há a liberdade

Na vastidão

Desse deserto que rodeia Las Vegas

A Meca dos notívagos

Que se extasiam com os dotes artísticos

E esses que vão a Las Vegas

Jogar ou simplesmente casar-se

São aqueles que da página em branco

Depressa a pululam de carateres

Lindas flores

Num jardim tropical

Dos que ali vão e estão

Parta celebrar o casamento

Quanto mais não seja à noite

E esses são os que que escrevem, escrevem

Ansiosamente

A todas as horas

A todos os instantes

De dia, de noite

Sem interrupção 

Valorosos

Interessantes

Comprometidos

Emoldurados

No mar da paixão

Na bela onda

Cativante, expressiva e feminina

Naquela em especial

Que enrolada

Vem por ali fora

Como se fosse um espasmo do mar

Irrompe pelo areal casto da praia

Abalança-se, sobe por ali acima,

Alcança as dunas

Acaba submergindo   

A erva bravia que por ali medra

Duradoira

Resistente

Batalhadora

Nas igualmente cândida

Lamenta-se na noite sem fim 

Cisma na paixão dos cisnes

Que dura toda a vida 

No poder da palavra

Irrestrito

Dessa palavra noturna irrepetível

Pensada há noite

Que acaba por nos deixar glorificados

Desassossegados

Perdidos no achado de uma nova vida

Que, mesmo quando finda,

Se escreverá

No brilho das estrelas

Na força e luminosidade do sol

E o amor acabará por se manter vivo

Aceso

Incendiado

Na alva recordação de todos!

   

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