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Artimanhas do Diabo

Artimanhas do Diabo

EPIFANIA O´NEILLIANA

Destemida senhora

Iintrometida madame 

Respeitável lady 

 

Não se penetra na casa de alguém à bomba!

Destrói as paredes   

Sem penetrar no interior de quem lá vive 

 

Não se imiscua na minha vida 

Não queira ingressar

À força

No meu interior

No meu sacro mundo

 

Não é à força, à bruta,

Que lerei o que me vai mandando

 

Sinalizo a sua incompreensão

Identifico esses seus desasjustados padrões

Desafortunadamente

Não são virgens neste mundo  

E que revelam a podridão de caráter

A intolerância

A ausência do respeito pelo outro

Que grassa por aí

 

Da sua parte

E porque é uma lady

E eu sou um homem

Revela misandria

 

Se acha que os homens se agitam

Se acomodam

Se acovardam

Se silenciam

Quando vêm uma mulher

Que ao sentar-se

Maliciosa

Cruza as pernas

Exibindo o indomável vigor das suas coxas

E assim me silencia

Cala a minha voz

Está muito enganada a meu respeito! 

 

Por isso

Afaste-se

Se não quer ser afastada

Deixe de me incomodar

 

Se consigo falei

Cinco minutos

Foi muito…

 

Vá ligeira até outra porta

Experimenta outro batente

Vislumbre outra esfera armilar

Para que se consciencialize  

Onde se situa o seu novo mundo

E onde está o meu velho continente

 

Nessa terra em que aportou

E se camaleou num ápice 

Há procura que ela lhe desse

O que os penedos e serranias não lhe deram

Viva feliz e aculturada a esses ínvios padrões

Que adotou  

 

Eu viverei feliz nos princípios em que fui educado  

Nas leituras de muitos livros que li até hoje    

E no meio desta gente

Que vive neste velho mundo

Que sabe que um homem ou uma mulher

Sós 

Sentados numa mesa de um café

Não estão necessariamente à procura de companhia

 

Tem assuntos a tratar comigo lady?

Tem algo a dizer-me de interessante

De importante

De verdadeiramente premente?

Não?

Então deixe de me mandar

Piadolas

De evidente vulgaridade

Que eu não as aprecio de todo

 

Acabe de vez com esses tiros de morteiro

Para apanhar pardais

 

Cesse com mensagens para a minha caixa de correio

Até pode pensar que será outra pessoa

Julgando que está a fazer uma grande coisa

 Mas este é mesmo um aviso

 

Posso não ter “as dólares”  

Nem querer saber

De que coloração as notas são revestidas

Que esfinges constam nos seus rostos   

Mas tenho a minha dignidade

Que essa,

Não tenha dúvida,

É da dimensão do território de um país como o seu

Mas que é tão insosso:

Se perguntar em Portugal

A alguém sobre o que sabe desse seu país

Apenas que na bandeira consta lá uma folha de bordo!  

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