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Artimanhas do Diabo

Artimanhas do Diabo

A SOLIDÃO DA ÁRVORE

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Para te ver

Para te cheirar

Escutar

Vindo de ti

O chilrear risonho

De eterna criança

Apreciar

Vindo de ti

O voo deslumbrante da borboleta

Que exibe as coloridas asas

Que balançam

A dança efémera

A cravar o teu olhar

Que não me canso de alcançar

A visão de uma vida

E sem se esconder

Selecionou o torpedo  

Corajoso e temerário

Que acabou implodindo as ruinas

Da casa empoeirada

Que albergava as sombras de um passado

Que pululava a imaginação

De uns quantos

Que da vida selvagem

Têm dentro de si

O olhar de uma visita  

A um zoológico

Que alberga as sonolentas bestas

Que se atormentam

Por já não serem de lugar nenhum  

E que do elefante

Sabem apenas que toca o sino

Quando avista a moeda!

Vieste do passado

Tão longínquo e espesso como eterno

Ocupaste o presente

Daquele teu jeito

Avassalador e firme

Que preencherá o futuro

Como um sol radioso

E do passado

Sou apenas o que de ti evoco;

Deixa-me salivar

Apreciar as tuas finíssimas mãos

A preparar  

Concentrada e perdida na luz de uma paixão  

Os pastos mais verdejantes

Nos campos verdes

Que parecem opala

Em certos dias de sol!

Deixa-me, pois,

Urdir em silêncio

A tua voz fina e tormentosa

Tão inacabada e supletiva

Pelos silêncios alquebrados

Orgulhos prisioneiros das vozes que

Sistematicamente

Se soltam das tumbas

E perguntam pela eterna menina

Das árvores em pranto

Pela ausência do teu embalo

Que era um bálsamo

E que por ali já não o sentem!

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