CEGUEIRA
“Encontrarás Deus no trabalho e na vida quotidiana”
A Obra nunca se encerra
Não se iguala
Não se equivale
Não se detém com os
Infiéis
Hereges
Traidores
Que não cumprem
Com as virtudes da castidade humana;
Um ressoar de lamentos
Aprisionam as almas
Não se inquietam
Com a densidade do que a Obra apregoa!
Deixaste-me na solidão inexorável
Do deserto seco e abominável
Que
Curiosamente
É obra de um dignatário tão altíssimo
Que certos gentios
Acetinados com um certo vazio
Falam em nome Dele
Expressando o orgasmo das almas
Que só se afoguentam
E se excitam
Quando uma frase
Um pensamento
Que pedem emprestado a outrem
Se pendura no seu epicúrio cartão
Com que se exibem nas redes sociais
Para se estatelar num dislate
Que não consegue disfarçar a superficialidade!
Mas, enfim,
Bota lá nesse céu estrelado
Que as virtudes da Obra
São infindáveis
E
Quero
Posso
E desejo
Ser soldado
De um mundo
Que apenas e só
Avista a Obra!