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Artimanhas do Diabo

Artimanhas do Diabo

TU

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Esboço de uma vida

Prenhe de existências  

Sinto que caminhar contigo

Por entre as pedras da calçada

É partilhar o amor no estado puro

Esmiuçar todas as tuas palavras

Que saem desses teus belos lábios  

Que, como desejos escondidos,

Se sentem em cada momento

E que pulsam na torrente de uma vida dedicada a cuidar dos outros

Sorrir

Embelezar as floreiras

Com as lindas flores que não se limitam a existir

Mas que servem para celebrar o amor

Em ti

Não há limites

Não há barreiras

Há, sim, dizeres

Que, por muito que doam,

São como nascentes de água cristalina

Pura, absorvente, inigualável

E de cada vez que te observo

Que sinto a tua presença

Que cheiro a tua presença

Vejo a linda luz da ilusão

Dessa imensidão de um céu estrelado

Que se vê

Que se observa

Mas que é inalcançável

Colho das tuas palavras

A inspiração de um arrebatamento

Como se fosses esse lindo alfobre

Onde as lindas flores

Não se atrevem a existir

Mas se esmeram em cuidar

Dos sentimentos dos outros.

Tu

Que nunca partes

Que nunca estás ausente

És uma formosa flor

És uma estrela cintilante

Nessa constelação de sentimentos

Que vive dentro desse teu lindo coração

Onde não há lugar

Para o ódio

Para a vingança

Apenas amor e compaixão

Assim és tu!

 

AGORA

outono.webp

Que o tempo mortiço se avizinha

Mas que, todavia, não se anuncia,

Que irromperá cinzento e bafiento

Carregado de chuvas e ventos

Que acabarão limpando a alma

Anunciando a despedida do verão…

Olho, então, para trás

Para alcançar o incandescente mês de agosto

Pai desse outono que vai chegar

Filho do verão que passou

Transpondo

Sem retorno

E sem saudade!

As folhas, ainda esverdeadas, das colossais árvores

Acabarão caindo ao solo

Jazendo flácidas e enrugadas

Erguendo o leito onde se deitará a esperança;

As águas que jorrarão do céu

Varrerão os excessos

Pejados de sentimentos.

Mas as folhas mover-se-ão ao de leve no chão

Numa dança ondulante

Que acabará por encantar até as mais singelas ervas

Abrigadas pelos troncos dos plátanos gigantes

Que infundem respeito e dão glória.

Nesse campo da feira inolvidável!

Planta solitária

Que traja de amarelo  

Que exibe sorriso rasgado

Que se mostra bucólica

Infatigável

Irrequieta

E lasciva

Margarida…

De súbito,

Lança-me uma frase

Acorda-me

Da letargia final de um verão tão atípico

Acabo por compreendê-la

E digo de mim para mim

Aquilo que ela me confidenciou:

- Gostei da terra arável que há em si!

Outono de 2019.

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